Assembléia do povo de Deus
Cremos no Deus da vida
e defendemos a vida de nossos povos.
Diante da mundialização do ídolo da morte
que o sistema neoliberal preconiza,
nós proclamamos a mundialização do Deus da vida
e sua presença criadora do universo.
Confessando por mil nomes,
revelando-se a nós, em mil rostos,
através sobretudo da fé cristã,
das religiões indígenas e afroamericanas, Ele é sempre maior
que todas as confissões,
mais belo que todas as nossas imagens,
único nos mais diversos encontros.
Como família sua que somos,
nos quer vivos e felizes,
plurais e unidos, felizes desde já
nesta casa comum da Terra Pachamama
e sob a carpa luminosa do sol, da lua e das estrelas.
Por Ele e com Ele nos negamos ao fatalismo
de um suposto final da História e rechaçamos
toda exclusão, prepotência, medo e morte.
Em nome do Deus da vida
invocado com todos os nomes, prosseguiremos
nossa marcha de peregrinos da Esperança,
defendendo a vida, gritando a memória subversiva
e criadora de quantos e quantas nos precederam.
( Trecho da Declração Final da II Assembléia do Povo de Deus,
Colômbia, 14/10/96. Em: Sem Fronteiras, dez/96).
A tela "operários", de Tarsila do Amaral,
retrata a mistura de raças que compõe a população brasileira".